quinta-feira, 17 de junho de 2010

Prosa Patética: Disparate Emocional...

Deliberadamente enraivecido, o amante entra na sala ainda quente do pecado praticado.
Eu sinceramente não queria fazer da felicidade uma pitoresca fúria de capital. Minha amabilidade é esquecida pelos que eu amo, mas glorificada por aqueles que meus desejos não alcançam. Meus desejos; inconfundíveis túneis sem saída. Uma goteira infinita em cima do meu ego causa o buraco de qual sinto nojo. Porque sinto a estranha vergonha do buscar? Um substantivo de noventa e seis letras se nutre do que seria meus amados filhos. Talvez o enraivecido amante não entre na sala. Apenas ame as carícias de seu invisível amor e sinta a energia do pudor em sua carne. Gostaria de ser invisível, me deliciar com momentos também invisíveis e como um piscar de olhos alcançar o alto, o céu. O longo beijo dos amantes causa vergonha no liquido bebido por todos. É possível ver na face de cada um, no brilho dos olhos a vontade de ter o que para mim não passa de uma escultura exótica e bela. Os amantes nunca verão o beijo que nunca aconteceu, foi apenas o sonho de alguém sozinho.

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